A origem do nacionalismo brasileiro

A origem do nacionalismo no Brasil
Antes de tudo é importante destacar a diferença entre patriotismo e ufanismo de nacionalismo, após a independência houve sim um forte apelo patriótico e uma grande difusão ufanista, por escritores romantistas como Gonçalves Dias e Gonçalves Magalhães, no período imperial, porém essas manifestações não podem ser descritas como nacionalismo de fato, já que esse engloba muito mais aspectos.
A primeira geração de pensadores e intelectuais nacionalistas no Brasil foi a dos chamados ''nacionalistas agrários'', que incluíam nomes como Américo Werneck, Alberto Torres e Oliveira Viana. Esse grupo defendia um projeto anti-liberal e autoritário e compactuavam com posições etnocêntricas, Alberto Torres repudiava o urbanismo e a industrialização, acreditava que a vida rural era o verdadeiro destino da nação, e propunha uma economia distributista, também era profundamente xenófobo, repudiando a imigração para o Brasil.
Mais tarde surge o grupo dos ''nacionalistas autoritários'', tendo como expoentes intelectuais como Almir de Andrade e Francisco Campo entre outros. Os nacionalistas autoritários possuíam uma visão antagônica aos nacionalistas agrários, para os autoritários o Brasil deveria ter como foco a industrialização e a modernização.
Posteriormente, o Brasil presenciou o surgimento de novos grupos nacionalistas, que agora não restringiam seus pensamentos apenas ao campo das ideias. Eram os integralistas, sob a liderança da dupla de Plínio Salgado e Gustavo Barroso que inspirados pelo fascismo italiano, pela doutrina da igreja católica e pelo conceito de Estado Integral de Charles Mourras. Ao mesmo tempo que os trabalhistas liderados por Vargas e Pasqualini cresciam. Dentro do regime militar, o governo Geisel foi marcado por políticas de cunho nacionalista. Por fim, a última grande expressão nacionalista que tivemos foi Enéas Carneiro e o PRONA.